domingo, 3 de abril de 2011

Agonia do amor

Silhuetas translúcidas e serenas
Meigas formas etéreas, apaixonantes
como crianças brincalhonas e inconseqüentes
assim é tua lembrança em meu peito
disformes gestos irreais e levianos
me arrasta para o imaginário mundo do amor.
Sedentos, meus lábios mendigam teu beijo
que rabisca gestos lentos e sensuais
fugindo assim, da ganância da minha fome
atroz e traiçoeira...
Leves tentações me consomem e
no febril e delicado amor semi-humano
debruço sobre ti minha alma
e bebo alucinado do teu ser
angelical e sublime...
Tosca memória me trai e corrompe
assolando meus dias e mentindo sobre mim
fatos irreais e primeiros de paixão infinita
busca constante e frenética de nós
dois seres quase humanos
que a realidade derramou no mundo
como pequenas gotas de orvalho matinal
para viver poucas horas e morrer
pouco depois de nascer o sol.



Um comentário:

  1. - Amei esse texto, pois ele descreve de maneira única a agonia do amor que nos persegue diariamente (:

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