sábado, 8 de maio de 2010

A borboleta e a Cigarra

Delicadamente abres tuas asas sobre o verde dos campos
E da cigarra escuto o cantar estridente
Enquanto voas linda, bailando nos céus,
Meus olhos te acompanham nessa dança mágica.
Leves movimentos, que até em pensamentos
Suavizam o toque dos meus dedos
Enquanto descrevo a sublime maestria
Deste vôo, livre e teu.
Misturando tua cor à natureza
Confundes mais meus olhos que minha cabeça
Exibindo teus tons no espaço
Entre as folhas molhadas da manhã
Esquivando-se dos galhos marrons
Das árvores que te esconde
E abriga quem canta tão avidamente; A cigarra: que de ti, é tão parente
Quanto a larva, que um dia, já foram as duas
E agora, uma canta e a outra voa livremente.