quarta-feira, 24 de março de 2010

Madrugada

Na madrugada, ouço os sons da noite...
Neles escuto frases doces, amargas,
ásperas e delicadas.
Nas cores da madrugada
eu vejo silhuetas que parecem com as suas,
vejo olhos tristes nas ruas;
bocas frenéticas se beijando
ouço corações batendo forte,
quase explodindo.
Vejo roupas suadas e às vezes,
corpos frios...
vejo o pulsar do sexo
por debaixo da roupa.
Vejo seios empinados
blusas abertas...
vejo mãos buliçosas e carinhosas.
Vejo sorrisos e choros...
vejo pessoas que saem
e pessoas que chegam...
Na madrugada, penso em você,
em mim, em toda humanidade...
penso em você... em mim... na madrugada.

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