quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um poema para Nathália



Primeiro penso; depois, não penso mais.
A angústia de querer-te é talvez, mil vezes
Pior que a certeza de não ter-te.
O frio que cobre o meu corpo da tua ausência
É amargo e fedorento, distanciando-me
Do perfume suave das rosas angelicais
Plantadas no jardim do teu coração.
O pranto que escorre pelo meu rosto
É como o ácido, cálido de um parto prematuro;
A falta do teu beijo, me consume
Como o desejo consume uma virgem
O teu olhar que não vejo, é como a noite quente
Dos pântanos urbanos.
Só a luz da tua presença, a força do teu abraço,
 me impedirão de sucumbir nesse mar de nada
que me cerca, a mim e a ti.
Vem! Deixa a ausência de fora e bebe comigo
Nessa taça de cristal, o mais sublime amor
Que preparei pra nós...

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